terça-feira, 7 de março de 2017

Os vasos sagrados e sua dignidade sublime.
No Sacramento da Eucaristia esta inscrito de forma indelével o acontecimento da paixão e morte do Senhor, não só como o evocando, mas o faz sacramentalmente presente.
João Paulo II em sua Carta Encíclica ”Ecclesia de Eucharistia”.escreve "Quando a Igreja celebra a Eucaristia, memorial da morte e ressurreição de seu Senhor, se faz realmente presente este acontecimento central de salvação e “se realiza a obra de nossa redenção'".

Esta introdução é necessária para falar dos vasos sagrados, os objetos empregados durante a celebração da Eucaristia e que tem contato direto com o Corpo e Sangue de Cristo.  Este é o motivo pelo qual os vasos sagrados merecem o respeito e dignidade..
O que são os vasos sagrados?
Os elementos que a Igreja designa sob o título de vasos sagrados são o cálice, a patena, o cibório e a custódia, os quais tem um contato direto com as espécies eucarísticas e são cuidadosamente purificados para evitar qualquer irreverência. A Igreja manifestou desde a antiguidade sua preocupação pela dignidade destes elementos e alguns deles constituem autênticas obras mestras de arte sacra, capazes de causar a admiração em crentes e não crentes ao invocar os mistérios contidos no sacramento. A perfeição da elaboração dos vasos sagrados e os materiais selecionados para sua fabricação constituem também uma catequese sobre a sacralidade e a presença real de Jesus Cristo na Eucaristia.
"Entre o que se requer para a celebração da Missa, merecem especial honra os vasos sagrados e, entre estes, o cálice e a patena, nos quais o vinho e o pão são oferecidos, consagrados e consumidos", dispõem a Instrução Geral do Missal Romano. O cálice, como o recorda a Enciclopédia Católica, é o vaso em forma de copa no qual se depositam o vinho e a água empregados para o sacrifício eucarístico. A patena é um recipiente côncavo no qual se oferece o pão que se converterá no Corpo de Cristo e que deve ser muito plano para facilitar sua purificação de forma que não fiquem fragmentos da Eucaristia. O cibório é um vaso com tampa destinado a reserva das formas consagradas e a custódia é uma urna especial -usualmente ricamente adornada- que permite a exposição pública do Santíssimo Sacramento.
A devida dignidade dos vasos sagrados
Sobre todos estes elementos, a norma litúrgica contida na Instrução Geral do Missal Romano dispõem que devem fabricar-se "de um metal nobre" e que "se são fabricados de metal que é oxidável ou é menos nobre que o ouro, devem dourar-se habitualmente por dentro". A Igreja admite outros materiais que sejam considerados dignos, com a devida precaução sobre a qualidade do material. A este respeito ordenou São João Paulo II que "se requer estritamente que este material, segundo a comum estimativa de cada região, seja verdadeiramente nobre, de maneira que com seu uso se tribute honra ao Senhor e se evite absolutamente o perigo de debilitar, aos olhos dos fiéis, a doutrina da presença real de Cristo nas espécies eucarísticas".
Os vasos sagrados devem ser também abençoados de uma forma especial, seguindo as fórmulas contidas no Ritual de Dedicação de uma igreja e de um altar, contido no Pontifical Romano ou no Ritual de Benção de objetos que se usam nas celebrações litúrgicas Bendicionais. Por seu caráter sagrado e a extraordinária dignidade de seu conteúdo, os vasos sagrados são manipulados pelo sacerdote e o diácono, que estão encarregados de sua purificação de maneira exclusiva, com a assistência dos acólitos.
Uma mostra da eficácia evangelizadora dos vasos sagrados é o uso das custódias solares na evangelização da América. Os dourados raios das custódias que emanam do centro, onde se contêm a Eucaristia, permitiram aos indígenas identificar a Cristo Sacramentado com a divindade, sendo uma expressão particular da arte barroca posta a serviço da adoração e da catequese. Anteriormente nessa época, as custódias empregavam formas tomadas da arquitetura gótica que já havia expressado de forma efetiva o sentido da sacralidade aos povos europeus.
Da mesma maneira, a dignidade e beleza dos cálices, paletas e cibórios falam com propriedade sobre a sacralidade da Eucaristia, dando um testemunho coerente entre a Fé professada e a prática da Fé. São estes elementos os que contêm o milagre da Eucaristia e, criados dos mais finos componentes, são expressão da missão do homem de elevar até Deus a criação inteira. Neles a matéria transformada pela mão do homem, toca o divino.
Descrição dos vasos e objetos sagrados.
Cálice: Objeto onde é colocado o vinho, durante a celebração na hora da consagração esse vinho se torna o Sangue de Cristo. Quando for manejá-lo tenha cuidado e o segure com as duas mãos, uma na sua base e outra sobre ele. Para não confundir o cálice com a Âmbula repare que ele não tem tampa.
Âmbula ou Cibório: Objeto onde são guardadas as partículas da comunhão (hóstias), que na hora da consagração se tornam o Corpo de Cristo, cuidado ao manejá-las porque geralmente carregamos mais de uma, então a segure firme. Repare que a âmbula (ou cibório) tem tampa, algumas ainda têm uma “capinha” chamada conopeu.
Galhetas: São duas pequenas “garrafinhas” que podem ser tanto de vidro ou de louça. Nelas ficam a água e o vinho (que mais tarde é consagrado como o Sangue de Cristo) segure-as com cuidado para evitar acidentes. A galheta com água é usada novamente após a comunhão na purificação do cálice.
Turíbulo: É um compartimento onde o incenso é queimado. Seu manejo requer atenção, pois ao se balançar numa igreja temos que tomar o cuidado para não acertar os outros. São usadas quatro vezes numa cerimônia normal: Entrada, Evangelho, Ofertório e Consagração. Também pode ser usado em outras partes dependendo do tipo da celebração. O coroinha ou acólito encarregado do turíbulo é chamado de turiferário.
Naveta: Pequeno compartimento onde é guardado o incenso que é usado no Turíbulo vem acompanhado de uma pequena “colherinha” que o celebrante usa para colocar as pedras de incenso dentro do Turíbulo o Coroinha ou Acólito encarregado da naveta é chamado de naveteiro.
Incenso: Resina de aroma suave. Produz uma fumaça que sobe aos céus, simbolizando as nossas preces e orações a Deus.
Sineta ou Carrilhão: É usada para chamar a atenção da assembleia na parte mais importante da missa, a Consagração. Seu uso requer um pouco de experiência
Crucifixo: Geralmente é usado em missas campais (fora da igreja) onde não se tem um pregado a parede. Ele deve ficar sobre o altar e com a face de Jesus voltada para o Padre e de costas para o resto da assembleia.
Cruz Processional: Utilizada na entrada da missa e em procissões.
Castiçal: Local onde a vela fica durante a celebração, existem vários modelos de diferentes tipos e tamanhos. Algumas vezes é solicitado aos coroinhas segurarem o castiçal ao lado da mesa da palavra durante a proclamação do Evangelho.
Ostensório ou Custódia: É usado em situações onde o Santíssimo é exposto ao povo, para manejá-lo é necessário muita atenção com suas pontas e para não deixá-lo cair pois é um material muito frágil e geralmente tem uma tampa de vidro no centro, que com uma queda pode ser quebrar e ainda se a hóstia consagrada estiver dentro dele temos que manuseá-lo com o véu umeral.
Círio Pascal: Vela grande, que é benzida solenemente na Vigília Pascal do Sábado Santo e que permanece nas celebrações até o Domingo de Pentecostes. Acende-se também nas celebrações do Batismo.
Sacrário: Local onde ficam armazenadas as hóstias consagradas, geralmente fica uma luz vermelha ao seu lado indicando a presença do corpo de Cristo. Quando entramos na Igreja e vemos essa luz acesa temos que ter o maior respeito pois estamos dentro da casa de Deus e Jesus está conosco.
Patena: Pequeno prato de metal onde fica a hóstia que o padre eleva na consagração. Em algumas comunidades os coroinhas a usam para na hora da comunhão não deixar que a hóstia oferecida pelos ministros e padres ao povo não caia no chão.
Pala: Pequeno pedaço de plástico ou papelão que é usado para cobrir o cálice para protegê-lo.
Sanguinho ou Sanguíneo: Pano de linho que é usado para fazer a purificação do cálice, das âmbulas e da bem como os dedos e os lábios após comungar.
Manustérgio: Pequena toalha que é usada pelo sacerdote para enxugar as mãos.
Corporal: Pano branco de linho, que, estendido sobre o altar, recebe sobre si a patena com a hóstia grande, o cálice com o vinho e as âmbulas com as hóstias pequenas. É também sobre ele que se coloca o ostensório e a teca.
Teca ou Pixed: Pequeno compartimento usado pelos ministros da comunhão para levar o Corpo de Cristo aos doentes da comunidade
Bolsa de Viático: Bolsa, de tamanho pequeno, quase sempre de pano, em que é colocada a teca em que são levadas as Hóstias consagradas aos doentes e idosos.
Caldeira ou Caldeirinha: Local onde fica a água benta que o padre asperge sobre a comunidade ou algum objeto que vai ser bento.
Asperges: Usado junto com a caldeirinha para aspergir a água benta sobre o povo ou algum objeto. tem diversos tamanhos e modelos.

Bacia: Composto por uma jarra e uma bacia, é onde o padre lava sua mão durante a celebração.

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Indicações para os leitores na Missa.
- As leituras do dia e dos salmos não devem ser apenas lidas, devem ser proclamadas.
- Para tanto é preciso mudar o tom da voz, ou dar muito ênfase para gestos e o olhar enquanto estiver no ambão, como olhar para os bancos, elevar o olhar para os céus ou manter os olhos fixos no texto?
O liturgista Eurico Finotti recomenda:

A Palavra de Deus na celebração litúrgica deve ser proclamada com simplicidade e autenticidade. O leitor, em resumo, deve ser ele mesmo e proclamar a Palavra sem artifícios inúteis. “De fato, uma regra importante para a própria dignidade da liturgia é a da verdade do sinal, que afeta tudo: os ministros, os símbolos, os gestos, os ornamentos e o ambiente".

Também é preciso solicitar a formação do leitor que se estende a 3 aspectos fundamentais:

1 – Formação bíblico litúrgica –
O leitor deve ter pelo menos conhecimento mínimo da Bíblia, estrutura, composição, numero e nome dos livros do Antigo e Novo Testamento, seus principais gêneros literários (histórico, poético,  profético, sapiencial, etc.) Quem vai ler na Missa precisa saber o que vai fazer e que tio de texto vai proclamar.
Precisa também ter uma preparação litúrgica suficiente, distinguindo os ritos e suas partes e sabendo o dignificado do próprio papel ministerial no contexto da Liturgia da Palavra. Ao leitor corresponde não só a proclamação das leituras bíblicas, mas também a das intenções da oração dos fieis e outras partes que lhe são designadas nos diversos ritos litúrgicos;
2 – Preparação técnica –
O leitor deve saber como chegar ao ambão e posicionar-se nele, como usar o microfone, e o lecionário, como pronunciar os diversos nomes e termos bíblicos, de que maneira proclamar textos evitando uma leitura apagada ou enfática demais.
 Precisa ter clara consciência de que exerce um ministério público diante da assembleia litúrgica: sua proclamação, portanto, deve ser ouvida por todos. o "Verbum Domini" com o qual termina cada leitura não é uma constatação ("Esta é a Palavra do Senhor"), mas uma aclamação repleta de assombro, que deve despertar a resposta agradecida de toda a assembleia, o “Deo gratias”, ou “Graças a Deus”
3 – Formação Espiritual
A Igreja não contrata atores externos para assumir a Palavra de Deus, mas confia este ministério  aos seus fieis, porque todo serviço à Igreja deve proceder da fé e alimenta-la. O leitor, portanto, precisa procurar cuidar da vida interior da Graça e dispor-se com espírito de oração e olhar de fé.

Esta dimensão edifica o povo cristão, que vê no leitor uma testemunha da Palavra que proclama. Esta, ainda que seja eficaz em si mesma, adquire também, da santidade de quem a transmite, um esplendor singular e um ministério atrativo

Do cuidado da própria vida interior do leitor, além do bom senso, dependem também a propriedade dos seus gestos, do seu olhar, do seu vestir e do penteado. É evidente que o ministério do leitor implica uma vida pública conforme os mandamentos de Deus e as leis da Igreja.

Ler na missa é uma honra, não um direito

Esta tripla preparação deveria constituir uma iniciação prévia à assunção dos leitores, mas depois deveria continuar sendo permanente, para que os costumes não se percam. Isso vale para os ministros de qualquer grau e ordem.

É muito útil para o próprio leitor e para a comunidade que todo leitor tenha a coragem de verificar se ele tem todas estas qualidades e, caso elas diminuam, saber renunciar a esta função com honradez.

Realizar este ministério é certamente uma honra, e na Igreja isso sempre se considerou assim. Não é um direito, mas um serviço em prol da assembleia litúrgica, que não pode ser exercido sem as devidas habilitações, pela honra de Deus, pelo respeito ao seu povo e pela própria eficácia da liturgia.

Acrescentamos aqui o texto sobre o leitor litúrgico nos documentos da Igreja a partir do Vaticano II para os que desejarem se aprofundar um pouco mais a respeito do assunto


  Introdução  - O que diz a Igreja, acerca do leitor e do serviço que ele realiza na liturgia? Nada melhor para o saber do que apresentar as afirmações dos documentos da reforma litúrgica a esse respeito, na ordem cronológica da respectiva publicação. Os leitores encontrarão, aqui, a palavra mais segura sobre a importância do serviço que prestam às suas comunidades. Constituição Sacrosanctum Concilium (04/12/1963)
1. Após muitos séculos de silêncio sobre os leitores leigos na liturgia, a Igreja, na Constituição Sacrosanctum Concilium, veio lembrar que eles realizam um verdadeiro ministério litúrgico, e que, para o fazerem com piedade e do modo que convém, precisam de duas coisas: imbuir-se de espírito litúrgico e formar-se cada vez mais. “Os  leitores desempenham um autêntico ministério litúrgico. Exerçam, pois, o seu múnus com piedade autêntica e do modo que convém a tão grande ministério e que o Povo de Deus tem o direito de exigir. É, pois, necessário imbuí-los de espírito litúrgico e formá-los para executarem perfeita e ordenadamente a parte que lhes compete» (SC 29: EDREL 2083). Instrução Inter Oecumenici (26/09/1964)
2. Logo a seguir à publicação da Constituição litúrgica, antes da reforma começar a ser realizada, distinguia-se entre missas solenes e missas 28 não solenes. Nestas últimas, o leitor podia ler todas as leituras e cânticos intercalares antes do Evangelho, até então lidos pelo celebrante. «Nas missas não solenes, celebradas com a participação dos fiéis, as Leituras e a Epístola com os cânticos interlecionais podem ser lidas por um leitor idôneo  enquanto o celebrante escuta, sentado» (IO 50: EDREL 2249). O Evangelho da Paixão (25/03/1965).
 3. O leitor leigo pode mesmo ser chamado, na falta de ministros ordenados, a proclamar uma parte do Evangelho da Paixão do Senhor, no Domingo de Ramos e na Sexta-Feira da Paixão do Senhor. «Na falta de um, dois ou três diáconos ou presbíteros, o Evangelho da Paixão e da Morte do Senhor pode ser proclamado por outros clérigos, ou mesmo por leigos, vestidos porém com vestes litúrgicas». Instrução Musicam sacras. (05/03/1967)
4.1 Os leitores têm um lugar próprio nas ações litúrgicas. Ter um lugar próprio quer dizer ter um serviço a realizar, não por livre iniciativa ou por exigência dos próprios leitores, mas quando isso lhes é indicado ou pedido pelo bispo ou pelo presbítero, aos quais compete ordenar e organizar tudo o que se refere à celebração. No entanto, depois de nomeados, convidados ou instituídos, os leitores leigos não realizam um serviço litúrgico por concessão de quem os chama ou nomeia, mas porque são membros do povo de Deus, com capacidade para realizar o ministério que lhes é distribuído, em razão do sacerdócio comum ou batismal. A capacidade para ler a Palavra na liturgia vem do Batismo e Confirmação; o chamamento nasce do convite ou da nomeação da hierarquia. Na primeira descrição que possuímos da leitura da palavra de Deus na Missa (S. Justino, ano 150), era o leitor leigo que fazia todas as leituras, mesmo a do Evangelho. Tendo os leigos deixados de serem chamados para ler a palavra de Deus, de ministros passaram a ouvintes. Agora, de simples ouvintes voltaram a poder ser ministros da Palavra. «As ações litúrgicas são celebrações da Igreja, isto é, do povo congregado e ordenado sob a presidência do bispo ou de um presbítero” O leitor na VIDA E NO ENSINO DA igreja 29 Os leitores... ocupam na ação litúrgica um lugar especial... por causa do seu ministério» (MS 13: EDREL 2407).
4.2 Ao contrário do que por vezes parece pensar-se ou até dizer-se, o mais importante não é ser nomeado ou ser instituído leitor, mas sim chegar a ser bom leitor, e, com o tempo e a prática, tornar-se excelente leitor. Bom leitor é aquele que profere, de modo bem inteligível, aquilo que lê; excelente leitor começa a ser aquele que, além de ler bem, lê com arte e com alma, com inteligência e com calma, adaptando a voz a cada género de leitura que proclama. «O leitor pronunciará os textos que lhe dizem respeito de forma bem inteligível para que a resposta do povo, quando o rito o exige, resulte mais fácil e natural”. Convém que os ministros de qualquer grau unam a sua voz à de toda a assembleia dos fiéis nas partes que pertencem ao povo.  (MS 26: EDREL 2420).
Paulo Henriques.


quinta-feira, 9 de junho de 2016

ORAR E REZAR.

O Pai Nosso é a oração mais perfeita e completa que temos. Alguns de nossos irmãos evangélicos criticam nosso modo de rezar dizendo que o católico reza, mas não ora fazendo uma distinção entre uma coisa e outra. Na verdade orar e rezar são sinônimos
Argumentam numa ideia criada de que "rezar" seria repetir "vãs palavras", enquanto que "orar" seria, verdadeiramente, falar com Deus aquilo que vem do coração com entregaa , com verdade de fé e amor.
Há anos atrás fizemos na Paróquia de Santa Teresinha uma experiência durante a Semana da Unidade e foi convidado um pastor da Igreja Batista Betel para orar conosco.  Durante a cerimônia litúrgica o pastor se recusou a ler um trecho preparado usando esse argumento e preferiu fazer a oração espontânea.
O Padre que dirigia a cerimônia (Padre Norberto), para não criar embaraço aceitou que o pastor fizesse sua oração espontânea. 
Na realidade, não há absolutamente nenhuma razão para se diferenciar radicalmente os termos orar e rezar. Na Santa Missa, por exemplo, o sacerdote tanto usa a expressão "oremos" quanto, na oração dos fiéis ou na homília, pode dizer "rezemos". Não há, portanto, também razão para que alguns pastores queiram mudar a língua portuguesa, e por conta própria "ensinar" às pessoas simples e despreparadas que existe uma grande diferença entre orar e rezar.
Tomar essa posição de critica é assumir uma ideia equivocada e servir-se dela pra nos acusar de que somos ignorantes em termos de conhecimento sobre a Bíblia.  Podemos analisar a questão na própria Bíblia:.  

Esses tais demonstram um interesse doentio por controvérsias e contendas acerca das palavras, que resulta em inveja, brigas e atritos constantes...”
(1Tm 6, 4)

Como vemos, esse tipo de controvérsia sobre palavras não é nenhuma novidade. O que não se entende é porque insistir numa ideia de diferença totalmente inventada entre palavras que sempre foram e continuam sendo, na realidade, sinônimas? O que alegam sobre a diferença como dito acima não em nenhum sentido. Para um fiel católico, entretanto, desmontar essa construção falsa e muitas vezes maldosa é bem fácil, simplesmente porque é desprovida de qualquer base sólida.  
Admitindo que o termo "orar" possa ter sido preferido, por certos autores, para significar as orações espontâneas, e "rezar" tenha sido mais utilizado com enfoque na sua raiz semântica latina "recitare", que significa récita. Isto, nunca foi regra geral, e para confirmá-lo basta demonstrar que o vocábulo "orar" deriva do latim "orare", cujo sentido original é exatamente o mesmo, isto é, "pronunciar uma fórmula ritual, uma súplica, um discurso", além de significar também (exatamente do mesmo modo que o 'recitare') o "pedir, rogar, pleitear, advogar". Estas acepções estão presentes nos cognatos "oração" (do latim 'oratione') e "orador"; todavia ambos os verbos, "orare" e "recitare", justamente por influência do latim eclesiástico especializaram-se com sentido de suplica a Deus. (www.ofielcatolico.com.br)
Mais além, não é verdade que os católicos só podem se utilizar de orações pré-definidas para falar a Deus. Todo católico pode e deve elevar suas próprias orações espontâneas ao Criador, usando as palavras que lhe vêm ao coração, para pedir, louvar, dar graças.


Paulo Henriques. 

sábado, 30 de abril de 2016


CURSO DE LITURGIA 

CANTICOS E LOUVORES NAS CELEBRAÇÕES LITÚRGICAS

“Quando cantas um hino estás enaltecendo a Deus: todavia que valor em o que a língua pratica se também tua consciência não acompanha o louvor.” (Santo Agostinho)

Deus não está interessado em meras palavras, Ele busca a intenção do coração.
Cantar salmos de louvor e bradar “Jesus é o Senhor” tem um valor muito pequeno se o cântico e o louvor não vêm do intimo do coração.
Isto nos faz lembrar algumas manifestações que pretendem ser interpretadas como exaltação ao nome de Deus: cânticos e tambores, gritos e clarins, danças e saltos, erguer as mãos e bater palmas. Até que ponto elas podem ser consideradas como próprias na liturgia?
Estamos sendo crítico? Há base e fundamento para essa critica? Estamos fazendo juízo de valores?
Então é bom esclarecer que o objetivo deste estudo não é o incentivo de uma  cultura que venha a menosprezar o pensamento e a cão de muitos fieis dentro da Igreja, mas apenas  lembrar que a liturgia não é algo pessoal, mas dom do próprio Espírito Santo para toda a Igreja
Dirá alguém que Davi dançou em torno da Arca da Aliança e concordo. Os anjos cantavam ao anunciar aos pastores o nascimento de Jesus. Novamente concordo, porém Davi estava com o coração aberto e disponível. Não se tratava apenas de recitar salmos e dançar em torno da arca, era uma manifestação de louvor e gloria a Deus pela vitoria e pelo retorno da Arca à Jerusalém. Os anjos manifestavam com amor e sentimento a vinda do Redentor. Em ambos os casos a manifestação tinha um cunho diferente daquela a que me refiro.

Grande parte dos liturgistas e estudiosos do assunto fundamentados nos documentos oficiais da Igreja fazem serias criticas a muitas manifestações durante a liturgia afirmando que muitas delas ferem agressivamente o que a Igreja prescreve para os ritos. Algumas dessas críticas atingem diretamente sobre a escolha de musicas que são cantadas durante a Missa e  não deveriam ser escolhidas para isso.
Sobre estas musicas apresentamos algumas razões das criticas com o devido esclarecimento dos autores articulistas. Incluímos alguns esclarecimentos a respeito da Liturgia Eucarística com a finalidade de aperfeiçoar e esclarecer a razão das criticas.
Antes de tudo citamos um trecho do Capitulo I da instrução Redemptionis Sacramentum, que descreve detalhadamente como se deve celebrar a Eucaristia e o que pode ser considerado "abuso grave" durante a cerimônia. Este é um resumo de normas que o documento recorda a toda a Igreja.

No Capítulo I sobre a “ordenação da Sagrada Liturgia” afirma que:
Compete à Sé Apostólica ordenar a sagrada Liturgia da Igreja universal, editar os livros litúrgicos, revisar suas traduções a línguas vernáculas e vigiar para que as normas litúrgicas sejam fielmente cumpridas.
Os fiéis têm direito a que a autoridade eclesiástica regule a sagrada Liturgia de forma plena e eficaz, para que nunca seja considerada a liturgia como propriedade privada de alguém.
O Bispo diocesano é o moderador, promotor e custódio de toda a vida litúrgica. A ele corresponde dar normas obrigatórias para todos sobre matéria litúrgica, regular, dirigir, estimular e algumas vezes também repreender.



Compete ao Bispo diocesano o direito e o dever de visitar e vigiar a liturgia nas igrejas e oratórios situados em seu território, também aqueles que sejam fundados ou dirigidos pelos citados institutos religiosos, se os fiéis recorrem a eles de forma habitual. 

Após o trecho acima iniciamos com dois termos utilizados na Liturgia Eucarística:

1 -  Ordinário  - É a parte fixa da Missa, aquilo que nunca – ou raramente – muda: o Sinal da cruz, o Ato Penitencial, o Kyrie, o Glória, o Credo, o Ofertório, o diálogo antes do Prefácio, o Santo, a Consagração, o Pai Nosso etc.
2 – Próprio -  É a parte variável, aquilo que muda conforme o dia, o tempo e as intenções: a Coleta (Oração do Dia), as leituras da Liturgia da Palavra, a Oração sobre as Oferendas, o Prefácio, a Oração depois da Comunhão. Daí que o conjunto desses elementos de uma determinada Missa se chame “Próprio da Missa”. Assim, há o Próprio da Missa do III Domingo do Advento, o Próprio da Missa de Defuntos, o Próprio da Missa de Pentecostes, o Próprio da Missa da Noite de Natal, o Próprio da Missa pelo Papa, o Próprio da Missa de Batismo etc.

O erro mais comum na escolha de cantos para a missa é a modificação de trechos fixos da missa com o intuito de inovar. Isto não quer dizer que a missa seja invalida, porém quanto mais consciência sobre os objetivos da liturgia mais nos dedicaremos a atenção e o amor a ela. 

A – AS CRITICAS

Os itens abaixo ao extraídos de alguns liturgistas que opinam principalmente sobre as musicas tocadas ou cantadas durante a Liturgia Eucarística e que deles recebem críticas adiante também justificadas

.1.Em nome do Pai
O Missal Romano esclarece que “O sacerdote diz: Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. O povo responde: Amém”. Então, o Sinal da Cruz não seria rezado por todos os fieis. Em segundo lugar, o Missal não menciona nada de “para louvar e agradecer” como algumas vezes é dito ou cantado na Liturgia Eucarística.

2.Glória a Deus
Existe uma oração para o Glória incluído na categoria de partes fixas da missa, o Ordinário. As partes do ordinário não podem ser modificadas de forma alguma. Uma das falhas é o argumento de que  “já cantamos esse glória semana passada. Acho melhor esse para dar uma variada…”. Não se pode escolher o Glória a menos que se mude UNICAMENTE a melodia; É terminantemente proibido mudar a letra. Segundo o liturgista a letra a baixo é inconveniente para o cântico do Gloria:

“Gloria a Deus, gloria a Deus, gloria ao Pai (2x)
A Ele seja a gloria (2x )
Aleluia, amém”

3. Santo, Santo, Santo, Dizem Todos Os Anjos.
Também existe uma oração específica, incluída na categoria “Ordinário da Missa”. Segundo o liturgista essa musica é conhecida por incitar nos fiéis certa coreografia na qual os fiéis levantam as mãos para cima, para baixo e fazem o sinal de negativo com o dedinho. O que para o liturgista é inadequado.
4. Faz um milagre em mim.
Entra na minha casa
Entra na minha vida
Mexe com minha estrutura
Sara todas as feridas …

Esta musica é cantada em algumas paróquias durante a comunhão. Ela tem origem em certas seitas pentecostais e a principio não há nenhum erro explicito na letra, mas está  carregada de personalismo e de sentimentalismo e não tem nenhuma referencia à Eucaristia e por isso não é aconselhável para o momento.  
5. Pai-Nosso do Padre Marcelo Rossi
Pai, meu pai do céu, meu pai do céu
Eu quase me esqueci, me esqueci
Que o teu amor vela por mim, vela por mim
Que seja feito assim.

O liturgista entende como musica inadequada porque a oração do Pai Nosso é bíblica e Jesus nunca falou “Eu quase me esqueci, etc.” 

6. Senhor que viestes salvar
Senhor, eis aqui o teu povo,
que vem implorar teu perdão;
é grande o nosso pecado,
porém é maior o teu coração.

O Missal Romano prevê três tipos de oração para o Ato Penitencial. a) ou reza ou canta o “Confesso a Deus todo-poderoso…” (confiteor); b) O “Tende compaixão…”; c) o “Senhor, que viestes salvar… tende piedade de nós”. Ou seja, faz parte do Ordinário da Missa também. Não basta que a letra leve ao arrependimento para ser incluída na Missa.  Não se deve inventar nada sem que se tenha autoridade litúrgica para isso Muitas vezes gestos como esse não passam de gestos sutis de desobediência e ferem a unidade da Igreja, no caso representado pela Liturgia. 
7.Quero te dar a paz
Quero te dar a paz, do meu Senhor com muito amor (2x)
Na flor vejo manifestar o poder da criação.
Nos seus lábios eu vejo estar o sorriso de um irmão.
Toda vez que te abraço e aperto a sua mão.

Musica tocada para incitar palmas, danças, agitação conversa e barulho, o que não é conveniente para o momento da Liturgia.
8. Cantar a Beleza da vida
Cantar a beleza da vida, presente do amor sem igual:
Missão do teu povo escolhido, Senhor, vem livrar-nos do mal.
Vem dar-nos teu Filho, Senhor, sustento no Pão e no Vinho.
E a força do Espírito Santo, unindo o teu povo a caminho.

Diz o liturgista:
Heresia branca. Primeiro que é difícil entender que “sustento no Pão e no vinho” signifique a transubstanciação. Para mim o trecho em questão significa justamente o contrário, que Cristo está simbolicamente representado no Pão e no Vinho e dessa ligação simbólica/espiritual viria o nosso sustento. Afinal, o sustento vem do pão e do vinho ou da carne (o corpo), da hóstia consagrada, do Pão do Céu? Não sei quem é o compositor, mas caso vocês queiram relativizar e dizer que é apenas uma ambiguidade, fica a critério de cada um.

9. Passeio de Caranguejo

Não vou ficar chorando (buá, buá, buá)
Vendo a vida passar
Vou entoar meu canto
Cantando com os anjos até o sol raiar.
Opinião do liturgista - Cansei de escutar essa música no canto final. Essa música numa missa só pode ser fruto da mente de uma pessoa que jura estar num culto protestante. Não tem outra explicação.
10. Reunidos aqui
Reunidos aqui
Só pra louvar ao Senhor,
Novamente aqui,
Em união.
Opinião do liturgista - Costumam cantar esta música no canto de entrada. Eu não recomendaria esse canto para a missa porque transmite uma visão reducionista do Culto Sagrado. Antes de estar na missa “só pra louvar”, estamos lá adorar, agradecer, expiar e pedir. Não é festa e não estamos lá “só para louvar”.

B – AS RECOMENDAÇÕES.
 Transmitimos abaixo algumas recomendações extraídas dos documentos e do trabalho de algumas equipes de liturgia nas paróquias sobre o modo e o porque da escolha de musicas para a Liturgia Eucarística.
 Os cantos litúrgicos da missa devem respeitar cada um de seus ritos: ritos iniciais, da palavra, rito eucarístico, rito de comunhão e ritos finais. Devem ser cantos originais, jamais plágios, paródias ou cópias de cantos não católicos. De preferência, eles devem ter aprovação da igreja. Por exemplo, um erro grave ainda muito cometido em algumas paróquias é o seguinte canto do Pai Nosso: “Ó Pai Nosso, Tu que estás nos que amam a verdade, faz o reino que é teu Senhor...”. Este canto é uma paródia da música tema do filme “A primeira noite de um homem”. Outra paródia pode ser constatada no canto: “É santo, cheio de glória, ó hosana nas alturas. Bendito, aquele que vem entre nós trazendo a mensagem...”. Este canto é uma paródia da música “Hey Jude”, dos Beathles.
Na liturgia, classificamos os cantos em dois grandes grupos: os que ACOMPANHAM O RITO e os cantos que são o PRÓPRIO RITO. Os que acompanham o desenrolar de um rito são, por exemplo, a procissão de entrada, comunhão, ofertório.. Já os que são os próprios ritos são, por exemplo, o ato penitencial, santo, glória... Os cantos que acompanham um rito devem obrigatoriamente se encerrar ao término do rito (por exemplo, quando a última pessoa terminar de comungar, o canto deve ser finalizado). Já os cantos que são propriamente os ritos devem ser cantados por inteiro.
 PROCISSÃO DE ENTRADA:
Significado Litúrgico - Deus caminha ao nosso encontro: esse é o sentido da procissão de entrada. Em passagens bíblicas diversas vemos o povo de Deus caminhar, seja em busca da terra prometida, seja em busca da libertação, seja a caminho de Jerusalém, seja ao encontro de Jesus. É por isso que, de pé, aclamamos a Cristo, na presença do sacerdote, que vem ao nosso encontro, com toda sua majestade, seu poder e sua autoridade, para celebrarmos juntos os mistérios do sacrifício da missa. Quem preside o ato litúrgico é o próprio Cristo, que se une a nós e se oferece a si mesmo e ao Pai em nosso favor.O sacerdote, após vestir-se para celebrar a missa, já não é mais ele mesmo que está ali, mas o próprio Cristo! Independente dos méritos do sacerdote, apesar de seus pecados: é o próprio Cristo quem celebra a missa! Cristo faz do padre um instrumento a seu serviço, pois isto independe da nossa condição de pecadores, independe de nossas limitações, independe de nosso estado físico, mental, espiritual: é o poder de Deus que vem até nós e nos faz conduzir ao Pai. E o que o padre consagrar é verdadeiramente o Corpo de Cristo, mesmo que os fieis não tenham fé, mesmo que o padre não tenha fé, mesmo que todos duvidem, pois a realização desse milagre não está condicionada à nossa fé, à nossa natureza humana: vem de Deus, é sacramento ordenado por Cristo: “Fazei isto em memória de mim...” Jesus cumpre suas promessas sem estar condicionada à fé do homem.

Este canto acompanha o rito da procissão de entrada e, por isso, deve ser encerrado ao término desta procissão.Para que um canto seja corretamente considerado canto de entrada, este deve expressar a alegria de estarmos reunidos para celebrar os mistérios de nossa salvação. Deve trazer os temas do tempo do ano litúrgico em que estiver a igreja, por exemplo: no tempo pascal deve falar sobre a ressurreição; no tempo do natal deve falar sobre a encarnação e o nascimento de Cristo; no tempo do advento deve falar sobre a expectativa da espera da vinda do Salvador; no tempo da quaresma deve falar sobre penitência e mudança de vida ou sobre a campanha da fraternidade; no tempo comum pode falar de vários temas.
 ATO PENITENCIAL ou Kyrie:
 Significado Litúrgico - O ato penitencial, também conhecido na liturgia antiga como Kyrie eleison, significa a limpeza de nosso coração para nos aproximarmos da casa do altar do Senhor. Assim como limpamos a sujeira da sola do calçado quando entramos numa casa  semelhantemente, no ato penitencial, recebemos o perdão de todos os pecados veniais: a impureza adquirida no dia-a-dia, que nos torna indignos de participar do banquete da eucaristia. Os pecados mortais exigem o sacramento da confissão. Este canto é o próprio rito de ato penitencial e deve ser cantado integralmente, devendo obrigatoriamente conter as frases: SENHOR PIEDADE (ou Kyrie eleison) e CRISTO PIEDADE (ou Christe eleison). Caso contrário, o canto estará liturgicamente errado.
 HINO DE LOUVOR:
Significado Litúrgico - O hino de louvor, ou glória, expressa o louvor de toda a criatura ao Criador, do homem remido ao Salvador e do homem imperfeito ao Consolador, relembrando os pontos principais de todo o mistério de nossa salvação em Jesus Cristo. Este canto deve fazer o verdadeiro louvor, assim como disse São Paulo, o louvor que glorifica Deus pelo que ELE É e não pelo que Ele faz.. Este canto é o próprio rito de hino de louvor e deve ser cantado integralmente. Por isso, para este canto ser considerado corretamente como hino de louvor, este deve obrigatoriamente conter toda a oração do hino de louvor: “Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens por Ele amados. Senhor Deus, Rei dos céus, Deus Pai Todo-Poderoso nós Vos louvamos, nós Vos bendizemos, nós Vos adoramos, nós Vos glorificamos, nós Vos damos graças por Vossa imensa glória. Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito, Senhor Deus, Cordeiro de Deus, Filho de Deus Pai, Vós que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós, Vós que tirais os pecados do mundo, acolhei a nossa súplica, Vós, que estais à direita de Deus Pai, tende piedade de nós, só Vós sois o Santo, só Vós o Senhor, só Vós o Altíssimo Jesus Cristo, com o Espírito Santo, na glória de Deus Pai. Amém”.
 PROCISSÃO DA BÍBLIA:
 Significado Litúrgico - Na missa celebramos a Palavra e a Eucaristia. A Palavra é a Bíblia: revelação do amor de Deus, fonte de salvação, o Verbo de Deus que, na liturgia eucarística, tornar-se-á carne que habitará entre nós (ler o capítulo 1º e 6º do evangelho de João). Portanto, a Palavra é o próprio Deus que se revela ao homem, e é por isso que a aclamamos de todo coração e de toda alma. Podemos dizer que este canto não faz parte “oficialmente” da liturgia, sendo portanto falcultativo, não devendo ser regra constante, apenas em ocasiões excepcionais. Geralmente é usado em missas solenes, ficando a critério do grupo de liturgia e do pároco.Deve aclamar a chegada da palavra de Deus, a qual deve ser trazida em procissão, devendo ser usada a própria Bíblia, ou o Lecionário ou o Evangeliário.Este canto acompanha o rito da procissão da Bíblia e, por isso, deve ser encerrado ao término desta procissão.
 SALMOS DE RESPOSTAS (ou responsoriais):
 Significado Litúrgico - Os salmos, em número de 150, são partes integrantes da liturgia da Palavra. Sempre estão em concordância com a primeira leitura, sendo uma resposta aos apelos desta, ou seja, o salmo é responsórial porque o povo, após ouvir a palavra de Deus na 1ª leitura, responde em concordância com o que acabou de ouvir.A palavra salmo significa oração cantada e acompanhada de instrumentos musicais, originária das poesias colhidas da fé do povo israelita. É por isso que todo salmo deve ser cantado e toda a assembléia deve responder cantando com um refrão.O salmo de resposta é parte integrante e insubstituível da liturgia da palavra, aliás tem estreitas ligações teológicas com a 1ª leitura e existe, o salmo, como exclusiva resposta a ela, como já foi exposto acima. É por isso que nenhum grupo de canto tem a autoridade de modificar o salmo do dia.O salmo de resposta deve ser SEMPRE cantado, pois o mesmo é um canto originário do povo israelita. Quando o coro não souber a melodia do salmo, o grupo deve adaptar a letra a outra melodia já conhecida. Como o nome também sugere, o salmo deve ter uma resposta do povo, onde o refrão deve ser cantado pelo povo.
 ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO:
 Significado Litúrgico - O Evangelho é o próprio Cristo que nos vem falar a boa notícia. É por isso que, de pé, na posição de quem ouve o recado para ir logo anunciá-lo, todos nós aclamamos a Cristo que vem anunciar suas palavras de salvação, cheios de imensa ALEGRIA.
Este canto é o próprio rito de aclamação ao evangelho e deve ser cantado integralmente.Para que um determinado canto possa ser considerado como canto de aclamação ao evangelho, este deve obrigatoriamente conter a palavra ALELUIA, que significa alegria, exceto no tempo da quaresma onde este aleluia é vetado, em virtude do forte tempo de penitência e contrição.
 PROFISSÃO DE FÉ (ou credo, ou creio):
 Significado Litúrgico - A oração do Credo expressa os principais dogmas (princípios de fé) da igreja Católica Apostólica Romana. Nele está contida toda a essência de nossa fé. Existem basicamente 2 modelos: o mais comum e curto, recitado na maioria dos domingos, chama-se Símbolo dos Apóstolos; o mais completo e longo, reservado para ocasiões especiais, chama-se de Símbolo Niceno-Constantinopolitano, por causa dos concílios ecumênicos de Nicéia-Constantinopla, que explicita mais minunciosamente os princípios da fé católica.A partir do século II, a fé católica foi posta à prova através de 3 principais heresias relacionadas à Trindade Santa, chamadas de Arianismo, Monarquianismo e Macedonianismo. Essas controvérsias foram totalmente esclarecidas pelos concícios de Nicéia I (325 d.C.) e Constantinopla I (381 d.C.), cujas conclusões foram as seguintes:
- Igualdade de natureza do Filho com o Pai. Jesus é "Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado, consubstancial ao Pai".
- Fixação da data da Páscoa a ser celebrada no primeiro domingo após a primeira lua cheia da primavera (hemisfério norte).
- Estabelecimento da ordem de dignidade dos Patriarcados: Roma, Alexandria, Antioquia, Jerusalém.
- A confissão da divindade do Espírito Santo, e a condenação do Macedonismo de Macedônio, patriarca de Constantinopla. "Cremos no Espírito Santo, Senhor e fonte de vida, que procede do Pai, que é adorado e glorificado com o Pai e o Filho e que falou pelos profetas". "Com o Pai e o Filho ele recebe a mesma adoração e a mesma glória"(DS 150).
 - Condenação de todos os defensores do arianismo (de Ário) sob quaisquer das suas modalidades.
- A sede de Constantinopla ou Bizâncio ("segunda Roma"), recebeu uma preeminência sobre as sedes de Jerusalém, Alexandria e Antioquia. 
A Profissão de Fé pode ser cantada, geralmente em missas solenes, mas toda a assembléia deve conhecer bem o canto, para que ninguém fique sem cantá-lo por falta de conhecimento da melodia ou letra. Este canto é o próprio rito da profissão de fé e deve ser cantado integralmente, sendo que a letra do canto deve obrigatoriamente possuir todo o conteúdo da oração recitada. Os dois atos de Fé que são recitados na Liturgia Católica são:
 O Símbolo dos Apóstolos
Creio em Deus Pai Todo-Poderoso, criador do céu e da terra; e em Jesus Cristo, Seu único Filho, nosso Senhor, que foi concebido pelo poder do Espírito Santo; nasceu da Virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado, desceu à mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia; subiu aos céus, está sentado à direita de Deus Pai Todo-Poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos; creio no Espírito Santo; na santa Igreja católica, na comunhão dos Santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne, na vida eterna. Amém.
O Símbolo Niceno-Constantinopolitano
Creio em um só Deus, Pai Todo-Poderoso, criador do céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis. Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigênito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos. Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado, consubstancial ao Pai. Por ele todas as coisas foram feitas. E por nós, homens, e para nossa salvação, desceu dos céus, e se encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria, e se fez homem. Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos, padeceu e foi sepultado. Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as escrituras, e subiu aos céus, onde está sentado à direita do Pai. E de novo há de vir, em sua glória, para julgar os vivos e os mortos; e o seu reino não terá fim. Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida, e procede do Pai e do Filho; e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado; Ele que falou pelos profetas. Creio na Igreja, una, santa, católica e apostólica. Professo um só batismo para a remissão dos pecados, e espero a ressurreição dos mortos e a vida do mundo que há de vir. Amém.
É falsa a ideia de que apenas basta ter as invocações de “Creio no Pai, Creio no Filho e Creio no Espírito Santo”, para que um canto seja verdadeira Profissão de fé. Com isso, podemos constatar que é um ERRO LITÚRGICO bastante comum em inúmeras paróquias e em inúmeros grupos de canto, a substituição da recitação da Profissão de fé por cantos que não a contenham integralmente.
ORAÇÃO DOS FIÉIS (ou oração universal):
Significado Litúrgico - “Peçam, e lhes será dado! Procurem, e encontrarão! Batam, e abrirão a porta para vocês! Pois todo aquele que pede, recebe; quem procura, acha; e a quem bate, a porta será aberta...” (Mt 7,7-9).Na oração universal, como o próprio nome já sugere, rezamos por 5 principais intenções de toda a igreja universal (o nome católico significa universal): (1) pelas necessidades da igreja; (2) pelos poderes públicos; (3) pela salvação do mundo inteiro; (4) pelos que sofrem qualquer dificuldade; (5) pela comunidade local e pelas intenções particulares. Neste oração, o povo, exercendo sua função sacerdotal, suplica a Deus em nome de  todos os homens.
 APRESENTAÇÃO DAS OFERTAS:
Significado Litúrgico - No início da liturgia eucarística são levadas ao altar as oferendas que se converterão no Corpo e Sangue de Cristo: o pão e o vinho!
Assim como o 1º sacerdote do antigo testamento, Melquisedec, ofereceu ao Senhor o pão e o vinho (Gn 14,18); assim também como Cristo, na última ceia, ofereceu, ao Pai, o pão e vinho e os transformou em Corpo e Sangue seus; assim também nós oferecemos ao Senhor em sacrifício o pão e o vinho para a glória do nome do Senhor e para o nosso bem. Esse pão e esse vinho também para nós tornar-se-á Corpo e Sangue de Cristo, via de salvação, dons de vida eterna. Devemos ter o cuidado para não confundir o rito do ofertório com as ofertas materiais: dinheiro, objetos, alimentos, os quais podem ser apresentados ou recolhidos, mas não podem tirar o brilho da apresentação do pão e do vinho que serão consagrados em corpo e sangue de Jesus Cristo.Este canto acompanha o rito da apresentação das ofertas e, por isso, deve ser encerrado quando sacerdote termina de oferecer os dons a Deus e lava as mãos. Nas missas solenes, quando há o uso de incenso, este canto deve se estender até o momento após a incesação da assembléia, corpo místico de Cristo. Para que um canto seja considerado como de apresentação das ofertas, este deve obrigatoriamente conter as palavras PÃO E VINHO ou deixar implícito que as ofertas que realmente importam são o pão e o  vinho.
 ACLAMAÇÃO AO SANTO:
 Significado Litúrgico - É a aclamação pela qual toda a assembleia, unindo-se aos espíritos celestes, louvam a Deus trindade, 3 vezes santo, pois Deus é o Santo dos santos.Este canto é o próprio rito de aclamação do Santo e deve ser cantado integralmente.Por isso, para que um canto seja considerado canto de santo, ele deve obrigatoriamente conter todas as palavras da oração recitada, ou seja: SANTO, SANTO, SANTO (ou seja 3 vezes santo) + BENDITO O QUE VEM EM NOME DO SENHOR + HOSANA NAS ALTURAS.
PÓS-CONSAGRAÇÃO:
Significado Litúrgico - Deve ser a própria aclamação ou adaptação dela. Quem define se esta aclamação é ou não cantada é o próprio sacerdote, o qual  iniciará  cantando e o povo responde também cantando. Quando o sacerdote cantar: “eis o mistério da fé”, o povo deverá responder cantando de acordo com as aclamações nº 1 ou nº 2; caso o sacerdote inicie cantando “tudo isto é mistério da fé” o povo deverá responder cantando com a aclamação nº 3.
 Eis o mistério da fé:
Aclamação Nº 1  Anunciamos, ó Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus.
Aclamação Nº 2  Salvador do mundo, salvai-nos. Vós que nos libertastes pela cruz e ressurreição.
Tudo isto é mistério da fé:
Aclamação Nº 3  Toda vez que se come deste pão, toda vez que se bebe deste vinho, se recorda a paixão de Jesus Cristo e se fica esperando a sua volta.
Obs: Na Oração Eucarística existe um momento chamado de Epiclese, que é o instante onde o sacerdote implora a descida do Espírito Santo para consagrar o pão e o vinho, geralmente com a frase: “Nós vos suplicamos que envieis o vosso Espírito Santo” ou “Mandai o vosso Espírito Santo”. Este é o instante em que todos se ajoelham em sinal de adoração. Quando o sacerdote, depois da consagração  recita ou canta “eis o mistério da fé” ou “tudo isto é mistério da fé”, todos, antes ajoelhados desde a Epiclese, agora imediatamente devem ficar de pé.
 DOXOLOGIA FINAL (ou grande Amém):
Significado Litúrgico - É o amém mais importante da missa, pois finaliza com a confirmação de que “ assim seja” toda a glorificação do mistério salvífico, onde tudo foi feito por Cristo, em Cristo e para Cristo, para glorificação do Pai no Espírito Santo e para o bem de toda a igreja.
Por isso, este canto deve conter, no mínimo, três vezes a palavra Amém, preferencialmente cantado. Quem decide se a doxologia final será ou não cantada é o próprio sacerdote que iniciará cantando: “Por Cristo, com Cristo e em Cristo a vós Deus Pai, todo-poderoso toda honra e toda glória agora e para sempre”, e o povo deverá responder também cantando: “Amém, amém, amém.”
 SAUDAÇÃO DA PAZ: 
Significado Litúrgico - Os fiéis imploram a paz e a unidade para a igreja e toda a família humana e exprimem mutuamente a caridade, antes de participar do mesmo pão, através de saudação com: “A paz de Cristo!”.
É considerado por alguns como inapropriado para antes da comunhão, pois dispersa o povo e desvia o clima de oração para o rito seguinte, sendo por eles colocados em outros momentos na liturgia da missa (após a bênção final, ou após o ato penitencial, ou após a apresentação das ofertas...). Mas a saudação da paz após a oração do pai-nosso está liturgicamente prescrita e fica a critério de cada costume local, como também de cada rito católico aprovado pela Sé Romana (melquita, maronita...).Não há regra específica para este canto, apenas que ele fale na paz de Deus que se deseja ao outro.
 FRAÇÃO DO PÃO ou ACLAMAÇÃO AO CORDEIRO DE DEUS ou Agnus Dei (em latim):
Significado Litúrgico - Após a saudação da paz, o sacerdote fraciona o pão (corpo) e o mistura-o no sangue. Neste instante ocorre a união do Corpo ao Sangue de Cristo, e todos participarão integralmente da comunhão deste corpo e deste sangue, mesmo recebendo apenas uma das espécies. Com esse gesto relembramos Cristo, na Ceia derradeira, bem como as celebrações das primeiras comunidades cristãs, que reunidas partiam o pão entre si, celebrando os mistérios da salvação. É importante ainda lembrarmos da passagem em Emaús, onde os discípulos reconheceram o Cristo ressuscitado somente no momento da fração do pão.Esse momento também é conhecido como a aclamação ao Cordeiro de Deus ou ao Agnus Dei, segundo a liturgia antiga. Após o ato da fração do pão, todo o povo repete as invocação de João Batista, que mostrou ao mundo o Cordeiro de Deus, aquele que superara todos os sacrifícios, aquele que fora imolado, remindo toda a humanidade consigo: “Eis o Cordeiro de Deus, Aquele que tira todo o pecado do mundo!” (Jo 1,29-36).
O termo “cordeiro de Deus” faz alusão ao antigo ritual dos judeus que matavam, em sacrifício de louvor a Deus e em reparação de seus pecados, um cordeiro primogênito (o primeiro da cria) para a expiação dos pecados. Isso era feito periodicamente em comemoração à páscoa (passagem) dos judeus libertos da escravidão do Egito. Este rito judeu era a imolação do cordeiro, onde este era morto, seu sangue aspergido e sua carne comida. Com Cristo, este sacrifício assumiu um significado novo: Cristo, o primogênito de Deus, veio morrer em sacrifício para pagar, de uma vez por todas, o nosso pecado e nos deu sua carne e seu sangue como verdadeira comida e verdadeira bebida. Era deste cordeiro que João, o Batista, se referia: o Cordeiro de Deus! Este canto é o próprio rito de aclamação à Fração do Pão e deve ser cantado integralmente, devendo ser iniciado justamente no instante em que o sacerdote toma nas mãos o corpo de Cristo, fraciona-o e põe um fragmento dentro do cálice. É pois importante que o grupo de canto esteja atento a este momento.
Por isso, para que um canto seja considerado canto de Cordeiro de Deus, ele deve obrigatoriamente conter as palavras: CORDEIRO DE DEUS QUE TIRAIS O PECADO DO MUNDO, TENDE PIEDADE DE NÓS ... DAI-NOS A PAZ.  
COMUNHÃO:
Significado Litúrgico - Enquanto o sacerdote e os fiéis recebem o Corpo de Cristo, entoa-se o canto de comunhão que exprime, pela unidade das vozes, a união espiritual dos comungantes, demonstra a alegria dos corações e torna mais fraternal a procissão dos que vão receber o Corpo de Cristo. Lembremos das palavras do próprio Cristo: “Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem come deste pão viverá para sempre. E o pão que eu vou dar é a minha própria carne, para que o mundo tenha a vida.... Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Porque a minha carne é verdadeira comida e o meu sangue é verdadeira bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue vive em mim e eu vivo nele” (Jo 6,51-58). Este canto acompanha o rito da comunhão. Portanto, quando a última pessoa terminar de comungar, este canto deve ser encerrado. Deve obrigatoriamente falar sobre a comunhão, ou sobre o corpo e sangue de Cristo, ou sobre o pão da vida, pão do céu, ou qualquer outra palavra que faça alusão à mistério da eucaristia.
 REFLEXÃO:
Significado Litúrgico - Após o comunhão, deve-se adotar o silêncio sagrado, onde todos meditam, louvam e rezam a Deus no íntimo do seu coração. Esse momento é dedicado exclusivamente a Deus, onde a criatura adora ao Criador, o remido louva o Salvador, o imperfeito adora o Amor em perfeição. A assembléia pode cantar um hino que una todas as preces de louvor e adoração num só propósito. É considerado por alguns padres como inapropriado, mas está prescrito no missal romano. Portanto, pode ser cantado e é facultativo. Deve ser obrigatoriamente um canto onde o destinatário é o próprio Deus, ou seja, deve ser um canto que ajude no diálogo com Deus, Cristo Eucaristia. Jamais deve ser cantado, neste momento, um canto a nossa Senhora, ou cantos de apresentações teatrais, homenagens... (dia dos pais, dia das mães, aniversários...).
BÊNÇÃO FINAL:
Significado Litúrgico - A bênção final não é o fim, mas início da grande missão do cristão: ir anunciar o boa nova a toda gente. A despedida da assembléia ocorre a fim de que todos voltem às suas atividades louvando e bendizendo o Senhor com suas boas obras. Portanto, é um momento de alegria, onde desde já se fica na ânsia de voltar à casa do Senhor para a “pausa restauradora” , que é o sacrifício dominical da santa missa. Deve expressar a intenção do fim da missa: o início de nossa missão no mundo, pois a missa não se encerra com a bênção final, ela inicia o nosso dever de cristão: “Ide pelo mundo e anunciai o evangelho”.É um canto que acompanha o rito da saída do sacerdote do presbitério. Geralmente, no canto final, podemos cantar um canto de Nossa Senhora, quando for em tempo oportuno e em festas próprias.