terça-feira, 7 de março de 2017

Os vasos sagrados e sua dignidade sublime.
No Sacramento da Eucaristia esta inscrito de forma indelével o acontecimento da paixão e morte do Senhor, não só como o evocando, mas o faz sacramentalmente presente.
João Paulo II em sua Carta Encíclica ”Ecclesia de Eucharistia”.escreve "Quando a Igreja celebra a Eucaristia, memorial da morte e ressurreição de seu Senhor, se faz realmente presente este acontecimento central de salvação e “se realiza a obra de nossa redenção'".

Esta introdução é necessária para falar dos vasos sagrados, os objetos empregados durante a celebração da Eucaristia e que tem contato direto com o Corpo e Sangue de Cristo.  Este é o motivo pelo qual os vasos sagrados merecem o respeito e dignidade..
O que são os vasos sagrados?
Os elementos que a Igreja designa sob o título de vasos sagrados são o cálice, a patena, o cibório e a custódia, os quais tem um contato direto com as espécies eucarísticas e são cuidadosamente purificados para evitar qualquer irreverência. A Igreja manifestou desde a antiguidade sua preocupação pela dignidade destes elementos e alguns deles constituem autênticas obras mestras de arte sacra, capazes de causar a admiração em crentes e não crentes ao invocar os mistérios contidos no sacramento. A perfeição da elaboração dos vasos sagrados e os materiais selecionados para sua fabricação constituem também uma catequese sobre a sacralidade e a presença real de Jesus Cristo na Eucaristia.
"Entre o que se requer para a celebração da Missa, merecem especial honra os vasos sagrados e, entre estes, o cálice e a patena, nos quais o vinho e o pão são oferecidos, consagrados e consumidos", dispõem a Instrução Geral do Missal Romano. O cálice, como o recorda a Enciclopédia Católica, é o vaso em forma de copa no qual se depositam o vinho e a água empregados para o sacrifício eucarístico. A patena é um recipiente côncavo no qual se oferece o pão que se converterá no Corpo de Cristo e que deve ser muito plano para facilitar sua purificação de forma que não fiquem fragmentos da Eucaristia. O cibório é um vaso com tampa destinado a reserva das formas consagradas e a custódia é uma urna especial -usualmente ricamente adornada- que permite a exposição pública do Santíssimo Sacramento.
A devida dignidade dos vasos sagrados
Sobre todos estes elementos, a norma litúrgica contida na Instrução Geral do Missal Romano dispõem que devem fabricar-se "de um metal nobre" e que "se são fabricados de metal que é oxidável ou é menos nobre que o ouro, devem dourar-se habitualmente por dentro". A Igreja admite outros materiais que sejam considerados dignos, com a devida precaução sobre a qualidade do material. A este respeito ordenou São João Paulo II que "se requer estritamente que este material, segundo a comum estimativa de cada região, seja verdadeiramente nobre, de maneira que com seu uso se tribute honra ao Senhor e se evite absolutamente o perigo de debilitar, aos olhos dos fiéis, a doutrina da presença real de Cristo nas espécies eucarísticas".
Os vasos sagrados devem ser também abençoados de uma forma especial, seguindo as fórmulas contidas no Ritual de Dedicação de uma igreja e de um altar, contido no Pontifical Romano ou no Ritual de Benção de objetos que se usam nas celebrações litúrgicas Bendicionais. Por seu caráter sagrado e a extraordinária dignidade de seu conteúdo, os vasos sagrados são manipulados pelo sacerdote e o diácono, que estão encarregados de sua purificação de maneira exclusiva, com a assistência dos acólitos.
Uma mostra da eficácia evangelizadora dos vasos sagrados é o uso das custódias solares na evangelização da América. Os dourados raios das custódias que emanam do centro, onde se contêm a Eucaristia, permitiram aos indígenas identificar a Cristo Sacramentado com a divindade, sendo uma expressão particular da arte barroca posta a serviço da adoração e da catequese. Anteriormente nessa época, as custódias empregavam formas tomadas da arquitetura gótica que já havia expressado de forma efetiva o sentido da sacralidade aos povos europeus.
Da mesma maneira, a dignidade e beleza dos cálices, paletas e cibórios falam com propriedade sobre a sacralidade da Eucaristia, dando um testemunho coerente entre a Fé professada e a prática da Fé. São estes elementos os que contêm o milagre da Eucaristia e, criados dos mais finos componentes, são expressão da missão do homem de elevar até Deus a criação inteira. Neles a matéria transformada pela mão do homem, toca o divino.
Descrição dos vasos e objetos sagrados.
Cálice: Objeto onde é colocado o vinho, durante a celebração na hora da consagração esse vinho se torna o Sangue de Cristo. Quando for manejá-lo tenha cuidado e o segure com as duas mãos, uma na sua base e outra sobre ele. Para não confundir o cálice com a Âmbula repare que ele não tem tampa.
Âmbula ou Cibório: Objeto onde são guardadas as partículas da comunhão (hóstias), que na hora da consagração se tornam o Corpo de Cristo, cuidado ao manejá-las porque geralmente carregamos mais de uma, então a segure firme. Repare que a âmbula (ou cibório) tem tampa, algumas ainda têm uma “capinha” chamada conopeu.
Galhetas: São duas pequenas “garrafinhas” que podem ser tanto de vidro ou de louça. Nelas ficam a água e o vinho (que mais tarde é consagrado como o Sangue de Cristo) segure-as com cuidado para evitar acidentes. A galheta com água é usada novamente após a comunhão na purificação do cálice.
Turíbulo: É um compartimento onde o incenso é queimado. Seu manejo requer atenção, pois ao se balançar numa igreja temos que tomar o cuidado para não acertar os outros. São usadas quatro vezes numa cerimônia normal: Entrada, Evangelho, Ofertório e Consagração. Também pode ser usado em outras partes dependendo do tipo da celebração. O coroinha ou acólito encarregado do turíbulo é chamado de turiferário.
Naveta: Pequeno compartimento onde é guardado o incenso que é usado no Turíbulo vem acompanhado de uma pequena “colherinha” que o celebrante usa para colocar as pedras de incenso dentro do Turíbulo o Coroinha ou Acólito encarregado da naveta é chamado de naveteiro.
Incenso: Resina de aroma suave. Produz uma fumaça que sobe aos céus, simbolizando as nossas preces e orações a Deus.
Sineta ou Carrilhão: É usada para chamar a atenção da assembleia na parte mais importante da missa, a Consagração. Seu uso requer um pouco de experiência
Crucifixo: Geralmente é usado em missas campais (fora da igreja) onde não se tem um pregado a parede. Ele deve ficar sobre o altar e com a face de Jesus voltada para o Padre e de costas para o resto da assembleia.
Cruz Processional: Utilizada na entrada da missa e em procissões.
Castiçal: Local onde a vela fica durante a celebração, existem vários modelos de diferentes tipos e tamanhos. Algumas vezes é solicitado aos coroinhas segurarem o castiçal ao lado da mesa da palavra durante a proclamação do Evangelho.
Ostensório ou Custódia: É usado em situações onde o Santíssimo é exposto ao povo, para manejá-lo é necessário muita atenção com suas pontas e para não deixá-lo cair pois é um material muito frágil e geralmente tem uma tampa de vidro no centro, que com uma queda pode ser quebrar e ainda se a hóstia consagrada estiver dentro dele temos que manuseá-lo com o véu umeral.
Círio Pascal: Vela grande, que é benzida solenemente na Vigília Pascal do Sábado Santo e que permanece nas celebrações até o Domingo de Pentecostes. Acende-se também nas celebrações do Batismo.
Sacrário: Local onde ficam armazenadas as hóstias consagradas, geralmente fica uma luz vermelha ao seu lado indicando a presença do corpo de Cristo. Quando entramos na Igreja e vemos essa luz acesa temos que ter o maior respeito pois estamos dentro da casa de Deus e Jesus está conosco.
Patena: Pequeno prato de metal onde fica a hóstia que o padre eleva na consagração. Em algumas comunidades os coroinhas a usam para na hora da comunhão não deixar que a hóstia oferecida pelos ministros e padres ao povo não caia no chão.
Pala: Pequeno pedaço de plástico ou papelão que é usado para cobrir o cálice para protegê-lo.
Sanguinho ou Sanguíneo: Pano de linho que é usado para fazer a purificação do cálice, das âmbulas e da bem como os dedos e os lábios após comungar.
Manustérgio: Pequena toalha que é usada pelo sacerdote para enxugar as mãos.
Corporal: Pano branco de linho, que, estendido sobre o altar, recebe sobre si a patena com a hóstia grande, o cálice com o vinho e as âmbulas com as hóstias pequenas. É também sobre ele que se coloca o ostensório e a teca.
Teca ou Pixed: Pequeno compartimento usado pelos ministros da comunhão para levar o Corpo de Cristo aos doentes da comunidade
Bolsa de Viático: Bolsa, de tamanho pequeno, quase sempre de pano, em que é colocada a teca em que são levadas as Hóstias consagradas aos doentes e idosos.
Caldeira ou Caldeirinha: Local onde fica a água benta que o padre asperge sobre a comunidade ou algum objeto que vai ser bento.
Asperges: Usado junto com a caldeirinha para aspergir a água benta sobre o povo ou algum objeto. tem diversos tamanhos e modelos.

Bacia: Composto por uma jarra e uma bacia, é onde o padre lava sua mão durante a celebração.