quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

CURSO LITURGIA

ENCONTRO 7 – O ANO LITURGICO.

O TEMPÓ COMUM –

Durante o curso do ano, além dos tempos que possuem características próprias, existem trinta e três ou trinta e quatro semanas nas quais se celebram aspectos particulares do mistério de Cristo que é venerado em sua globalidade, especialmente nos domingos.
O tempo comum começa na segunda feira que segue o domingo após o dia 6 de janeiro e se estende até a terça feira antes da Quaresma. Retoma na segunda feira depois de Pentecostes e termina antes das Vésperas do l domingo do Advento. 
O tempo comum não significa uma ligação entre os momentos especiais do ano litúrgico, mas faz parte do mesmo com características próprias sendo marcado por maior aprofundamento sobre a vida cristã em seu conhecimento e pratica.
O tempo comum desenvolve o mistério pascal de modo progressivo e profundo e é o tempo em que a comunidade cristã aprofunda na fé o mistério pascal e sublinha as exigências morais da vida nova.

1  - AS LEITURAS DOMINICAIS NO TEMPO COMUM.

 – A liturgia é, antes de tudo, culto santificante, mas também contem rica instrução ao povo de Deus, para a qual é importante a leitura da Sagrada Escritura.  Por isso o Concilio Vaticano II estabeleceu que houvesse nas celebrações litúrgicas uma mais abundante, mais variada e mais adequada leitura da Bíblia. A recuperação da leitura da maior parte dos livros da Escritura acontece durante o tempo comum.

 – Como os domingos do Tempo comum não possuem característica própria, os textos do evangelho são dispostos em base ao principio da leitura semicontinua principalmente dos evangelhos sinóticos.O mesmo critério é utilizado na leitura das epistolas. Assim, as leituras do tempo comum não são um punhado de trechos, mas uma construção. Não é uma leitura acomodada por falta de imaginação, mas obedece a leis próprias

 – Com a distribuição concebida, obtém-se uma certa harmonia entre a apresentação narrativa de cada um dos três evangelhos e o desenvolvimento do ano litúrgico.

 – os trechos do Antigo Testamento foram escolhidos de modo a terem uma desejada referencia com os trechos do Evangelho. Procurou-se escolher  leituras breves e fáceis havendo também a preocupação de marcar muitos trechos importantes do Antigo Testamento.com uma ordem lógica para que pudessem ter uma referencia com o trecho do evangelho.

 – É feita também a leitura semi-contínua das epístolas de Paulo e de Tiago. (As de Pedro e João são lidas no Tempo Pascal e no Tempo natalino.)  A primeira Carta aos Corintios, por ser longa e da diversidade dos argumentos nela tratados foi distribuída nos três anos, no começo do Tempo comum. Da mesma forma dói fidivida a Carta aos Hebreus em duas partes uma para o ano B e outra para o Ano C.

2 -  A PASTORAL DO TEMPO COMUM.

- Nesse período deve ser lembrado e cultivado o sentido do domingo como Páscoa semanal e dia da assembléia.

-A leitura evangelhos sinóticos permite, através da homilia, uma profunda educação à fé, fundada na teologia das atividades históricas de Jesus, como é apresentada pela narrativa de cada evangelista.

- Os fieis devem ser levados a perceber, de domingo a domingo, a continuidade da narrativa evangélica e fazer com que aflore a  mensagem característica de cada evangelista ao apresentar o mistério de Cristo. A referencia ao texto do Antigo Testamento, cuja escolha é sempre determinada pelo trecho do evangelho, permite afirmar o principio de unidade e de continuidade entre o Antigo e o Novo Testamento, e também interpretar melhor o próprio texto do evangelho. . 

3 - AS SOLENIDADES DO SENHOR NO TEMPO COMUM.

-  SOLENIDADE DA SANTISSIMA TRINDADE  ( Domingo sucessivo a Pentecostes)
Como conceito elaborado pelas escolas teológicas, a devoção à Trindade remonta ao século X. A Celebração pode ser interpretada como um agradecido olhar retrospectivos sobre o cumprimento da salvação, mistério é realizado pelo Pai, através do Filho no Espírito Santo.
(esta solenidade não é conhecida pelos orientais).

- SOLENIDADE DO SANTISSIMO CORPO E SANGUE DE CRISTO. (Quinta feira depois da festa da SS Trindade).
Esta festa é produto da devoção eucarística medieval ocidental, tendo surgido para afirmar a presença real de Jesus na Eucaristia contra erros de heresias e foi estendida a toda Igreja pelo papa Urbano IV em 1264..

- SOLENIDADE DO SAGRADO CORAÇAO DE JESUS (Sexta feira depois do II domingo de Pentecostes).
O culto litúrgico ao Sagrado Coração de Jesus começou com São João Eudes ( 1601-1680). A tentativa de colocar a nova devoção na liturgia encontrou alguma resistência de natureza teológica. O Papa Clemente XIII aprovou um  formulário para a Missa e o oficio divino em 1765; Pio IX estendeu a festa para toda a Igreja em 185; Pio XI equiparou-a como grau litúrgico às solenidades de Natal e da Ascensão em 1928.

TRANSFIGURAÇÃO DO SENHOR ( 6  de agosto)
No segundo domingo da Quaresma existe uma referencia clara da Transfiguração do Senhor, mas não existe nessa ocasião uma festa propriamente dita. O texto do Evangelho é proclamado no contexto do caminho quaresmal de purificação.
As igrejas do Oriente celebraram de modo diferente e em datas distintas a festa da Transfiguração. Entre as datas encontra-se a de 6 de agosto desde tempos antigos. No Ocidente a festa se propagou no século XI. O Papa Calixto III, em 1457, estendeu para a igreja universal , depois da vitória contra os turcos em Belgrado, cuja noticia chegou em Roma justamente no dia 6 de agosto.

- SOLENIDADE DO NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, REI DO UNIVERSO (Último domingo do Tempo comum).
Esta festa foi instituída pelo papa Pio XI, em 11 de dezembro de 1925. Na intenção do papa e na mentalidade da época que surgiu a festa revestia-se de um caráter fundamental social.
A reforma litúrgica mudou a data do ultimo domingo de outubro para o ultimo domingo do Tempo comum. Desse modo, deu à celebração um significado diferente, sublinhando a dimensão escatológica do reino da sua consumação final. Cristo aparece como centro e Senhor da historia, desde o inicio ate o seu momento sinal, (o Alfa e o Omega, o Primeiro e o Ultimo, o Principio e o Fim”. (Ap 22,12-13)..


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